Sistemas Agro-aflorestais Sintropicos ajustados à terrenos declivosos na zona tampão do Parque Nacional de Chimanimani, Moribane

 

Autores: Alcídio Vilanculos¹, Fidel Semba², Xadreque João¹, Elina Langa¹

Outras contribuições Importantes: Destino Chiar³ & Faruk Tavares³

Instituições: IIAM¹, SDAE-Sussundega², FNDS³

 

Contextualização

Ao longo dos anos, vários ecossistemas nacionais (incluindo os localizados dentro dos limites das áreas de conservação) sofreram diferentes níveis de degradação, que contribuem para a redução da biodiversidade. No Parque Nacional de Chimanimani (PNC), a degradação está mais concentrada na zona tampão e, pelo facto de ser uma região declivosa, o processo de recuperação das referidas áreas degradadas requer uma atenção especial.

Neste sentido, uma equipe multidisciplinar composto por técnicos do IIAM, FNDS Café de Manica, e SDAE-Sussundega, bem como por estagiários (recém graduados ou que estão em processo de culminação de curso) de diferentes instituições ao nível da Província de Manica (IAC, ISPM e Unizambeze) dirigiu-se à Moribane com intuito de fazer a recuperação das áreas degradadas. Esta actividade teve financiamento do projecto Mozbio II e Biofund.

 

Localização da área

O trabalho foi levado a cabo em Moribane, zona tampão do PNC e brageu 131 produtores dos povoados de  Mutowe, Mpunga, Makolobane, Chikuizo, Magaraba, e Chitowa. O mapa a seguir ilustra o padrão de distribuição dos locais intervencionados.

 

      Os  locais intervencionados

 

Desenrolar de actividades

A partir do dia 22 de Janeiro, por um período de 30 dias foram distribuídas mais de 20 000 mudas de diferentes espécies, nomeadamente: Tangerineira, Abacateira, Laranjeira, Papaeira, Mangueira, Licheira, Goiabeira, Albizias, etc. Benefeciaram-se das mudas 131 produtores dos povoados de Mutowe, Mpunga, Makolobane, Chikuizo, Magaraba, e Chitowa. Para além de distribuição de mudas foram mapeados com auxlio de GPS 752.94 hectares.

Em terrenos com declividade acima de 10% foram construídas curvas de nível, usando “bipe” ou vulgo “pé de galinha”. Nas respectivas linhas/contornos, fez-se amontoa da biomassa para que minimize a velocidade de águas que saem do montante para a jusante e também para minimizar a perca de solos e nutrientes. As plantas acima mencionadas, foram plantadas nas respectivas linhas.

 

 

As figuras desmonstração de marcação de curvas de nível e amontoa de biomassa nas respectivas curvas